Compra de votos e de consciência, quem assume em Corumbá e Ladário?



As eleições municipais de 2016 foram há pouco mais de um mês, mas até agora existem dúvidas sobre quem irá assumir em 1º de janeiro de 2017, tanto em Corumbá, quanto em Ladário. Fato notório e incisivo para a decadência do nosso país foi a compra, descarada, de votos, por vários candidatos, frente a vistas grossas da fiscalização e a falta de consciência daqueles que imputam aos políticos os problemas seríssimos pelos quais o país está passando, mas na hora de votar se esquecem de tudo por um benefício que não dura quatro dias, que dirá, quatro anos.
Interessante é ver como a investigação funciona tão bem fora do território nacional, levantando possíveis irregularidades que um candidato a vereador e um candidato a prefeito, eleitos em Corumbá, teriam praticado na Bolívia, e não funciona dentro de sua própria casa, no Brasil. O povo comenta e o eleitor sabe até quanto cada candidato teria gasto, mas não vem ao caso, porque o país paga caro para a fiscalização combater a corrupção e isso acaba deixando de ser responsabilidade popular.
Mas, claro, alguém teria que pagar o pato, tinha que ter bode expiatório para não passar em  branco, para não dizer que o manto sagrado da honestidade e das eleições limpas teria caído sobre Corumbá e Ladário e abençoado as centenas de candidatos das duas cidades. E ai acharam três, dois em Corumbá e um em Ladário para representar os restantes, ou engana-se quem pensa que houve compra de votos nas eleições?
Em Corumbá o caso é mais interessante, já que o prefeito eleito, Ruiter Cunha de Oliveira (PSDB) e o vereador eleito, Baianinho, também do PSDB, são investigados por possível compra de votos na Bolíva, ou seja, mais uma vez demonstrando que em território nacional, todo mundo é santo. Quer dizer, mais ou menos, em Ladário nem tão santo assim. Eleito com quase 400 votos, o que na pequena cidade pantaneira é um grande feito, Eurípedes, do PTB, está sendo investigado por compra de votos e, pasmem, até com a utilização dos cartões do Bolsa Família.
Que bom, em meio a quase 500 candidatos em Corumbá e Ladário, encontraram um que pode ter comprado votos. Mas, apesar disso, existem outros processos em andamento, não tão contundentes e de candidatos que não se elegeram, mas já é um avanço e um esperança de melhora para o Brasil tão sofrido. Entretanto não é nem um pouco justo jogar a culpa na fiscalização, quando a corrupção é ativa e passiva, com a necessidade premente de conscientização do eleitor, o maior interessado na mudança, ou que pelo menos deveria ser. 

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