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| Ruiter e Paulo estarão frente a frente na campanha eleitoral |
André Navarro
Corumbá - 05/04/16
As eleições municipais deste ano vão
colocar frente a frente em Corumbá, dois antigos aliados que deverão disputar
palmo a palmo o executivo municipal. Não se sabe ao certo o que provocou o
rompimento dos outrora amigos, ao ponto de depois de pelo menos cinco campanhas
juntos, estarem hoje em lados opostos.
“Briga de cachorro grande”, é como está sendo classificado o
embate que se configura para as eleições municipais. Os ex petistas, assumiram,
cada um uma sigla diferente da que os projetou no cenário político estadual e
não se divisa, pelo menos neste momento, a possibilidade de que voltem a
trilhar o mesmo caminho, lado a lado.
Ruiter no PSDB e Paulo no PDT, devem travar aquele que já é
preconizado como o maior duelo político dos últimos tempos na “Cidade Branca”.
Em detrimento disso, as composições estão sendo feitas meticulosamente, até
porque, todos sabem, a chuva deve ser ácida e vai queimar muita gente.
O atual prefeito, Paulo Duarte, tem como principal aliado o
presidente da Câmara Municipal de Corumbá, Tadeu Vieira (PDT). O ex prefeito,
Ruiter Cunha de Oliveira, conta com a parceria do vereador Marcelo Iunes (PTB).
É certo que, ainda não se pode dizer que nenhum deles seja
candidato à Prefeitura de Corumbá, até porque, a legislação não permite. Todos
são pré-candidatos até que as convenções partidárias definam, e seus nomes
sejam registrados na Justiça Eleitoral como candidatos de fato.
Por fora nessa disputa, estão o próprio Marcelo que tem um acordo
de cavalheiro com Ruiter. Eles estabeleceram que, até o dia da convenção de
seus partidos, aquele que estiver melhor posicionado na pesquisa, será o cabeça
de chapa e, o outro, o vice; Elano Holanda (PMN), é outro que vem disputando
praticamente todas as eleições para prefeito e não deve ficar de fora em 2016.
No poder há 12 anos, o PT, que viu os seus dois principais líderes
desembarcarem, não fala em candidatura própria e, tampouco, para que lado irá
pender. A sigla pode remar na canoa de Paulo ou na de Ruiter, ou mesmo se
dividir e fazer força nas duas.
Um dos pontos que deve pesar nessa balança é aquilo que se chama de “máquina”,
ou seja, a força da administração. Mas, se Paulo tem a prefeitura que ele
próprio comanda, Ruiter poderá ter o governo, através do apoio de Reinaldo
Azambuja.
Fato é que não será nada fácil a eleição deste ano e que, muita
água, ainda vai rolar por baixo da ponte. A enxurrada poderá até romper alguns
pilares, e deverá mesmo fazer estragos, tanto de um lado, quanto do outro.
O resultado
de tudo isso, só será conhecido mesmo em 2 de outubro, mas até lá, haverá muita
tensão e a esperança de que os dois apresentem propostas que realmente atendam
as necessidades do povo e não somente as suas próprias, individuais,
partidárias ou de grupo.

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