O Sindepan/MS informa que produto
já está até 15% mais caro nas padarias e confeitarias de Mato Grosso do Sul
Da assessoria de imprensa da Fiems - Para não fechar as portas, a indústria da panificação de Mato
Grosso do Sul está, desde o fim de janeiro deste ano, repassando para o preço
do pão francês os gastos com a alta da energia elétrica, dos combustíveis e do
dólar. A informação é do presidente do Sindepan/MS (Sindicato das Indústrias de
Panificação e Confeitaria de Mato Grosso do Sul), Marcelo Alves Barbosa,
completando que o aumento do preço final do produto teve reajuste de 10 a 15%
nos mais de 600 estabelecimentos distribuídos pelos 79 municípios do Estado.
Segundo Marcelo Barbosa, os empresários estão apenas repassando os
custos de produção, que foram majorados neste início do ano pelo aumento da
tarifa de energia elétrica, do reajuste dos combustíveis e pela elevação do
dólar. “No caso do dólar, desde o ano passado estamos importando trigo dos
Estados Unidos, pois a produção da Argentina teve alguns problemas e, com a
alta da moeda norte-americana, o produto ficou muito mais caro. Porém, o índice
de reajuste do pão francês levou em consideração todos os fatores já citados
(energia, combustíveis e dólar)”, detalhou.
Apesar do reajuste, conforme o presidente do Sindepan/MS, o
consumidor sul-mato-grossense não deixará de comprar o pão francês. “Em um
primeiro momento, devemos ter uma pequena retração nas vendas, mas, com o
passar do tempo, o consumidor volta a comprar, já que se trata de um dos
principais itens do café da manhã do brasileiro e, com relação a outros
produtos que também tiveram reajuste, a alta não está entre as mais salgadas”,
analisou o empresário.
Ele completa que, mesmo com o repasse dos custos com insumos ao
preço do pão, algumas empresas ainda vão ter problemas com a receita, pois não
dá para repassar tudo os aumentos. “Muitos estabelecimentos estão tendo de
conter os gastos para superar a crise financeira e uma das soluções encontradas
está sendo a redução do quadro de funcionários”, pontuou, informando que hoje
são 15 mil trabalhadores no segmento, dos quais 8 mil estão em Campo Grande.
Marcelo Barbosa ressalta ainda que o cenário para os próximos
meses deve continuar complicado, mas a luz do fim do túnel é o aumento da
produção de trigo pela Argentina. “Os argentinos estão colhendo neste período e
acredito que nos próximos quatro meses teremos uma oferta maior de trigo,
forçando uma redução no preço do produto e, consequentemente, essa queda vai
chegar ao consumidor final”, projetou.
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