Empresários pedem mudanças na lei de pesca

medidas mínimas devem ser mantidas
André Navarro - Empresários de turismo querem que a lei que rege a pesca no Pantanal seja modificada. Eles afirmam que é uma necessidade para a proteção dos cardumes pesqueiros da região e que, turistas que visitam a cidade, também são favoráveis. A primeira e mais forte modificação é, a partir de 2015, a diminuição da cota, hoje de 10 k de pescado, mais um exemplar e ainda 5 piranhas. No entender do empresariado essa cota deve passar a ser de apenas um exemplar por pescador, como troféu.

"Qualquer cota para Corumbá, seja de 10 quilos, seja de um peixe, seja de nenhum peixe, não vai atrapalhar o fluxo de turistas", garante Alexandre Marinho, dono do Barco Hotel Veneza. Para ele, "quem ama pescar, ama Corumbá e vai sempre voltar, até porque aqui existe a maior estrutura de turismo de pesca da América do Sul".

Muitos pescadores amadores têm vindo para a região praticar a pesca esportiva na modalidade pesque e solte. Números da Fundação de Turismo mostram que Corumbá recebe cerca de 25 mil pescadores por ano. Eles são responsáveis por movimentação que supera os R$ 100 milhões, fazendo do setor uma das principais molas da economia do município.

"Eu vim aqui pescar e trouxe meu filho, os meus amigos trouxeram os seus filhos, estamos ensinando esses meninos não a pescar, mas a ter a consciência da preservação", disse Flávio Porto de Lima, representante comercial que veio com um grupo de Brasília pescar em Corumbá. Eles comeram peixe no barco, mas não levaram um exemplar sequer para casa.

"Os próprios turistas vêm nos propondo essa diminuição da cota há muito tempo. Eles são os nossos clientes e, por isso, temos que ouvi-los", disse Joice Santana, proprietária de uma agência de turismo que trabalha com mais de dez barcos hotéis. Para ela, a medida deve proteger os estoques e garantir peixes para a posteridade, solidificando ainda mais a atividade de turismo pesqueiro.

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