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Corumbá e Ladário não terão ninguém na Assembleia Legislativa |
Chorar o leite derramado pode não ser o mais correto. Entretanto, é importante avaliar os fatores que fizeram com que a coisa desandasse e se espalhasse para fora da panela. Com um colégio de quase 90 mil eleitores, Corumbá e Ladário poderiam perfeitamente eleger um deputado federal e dois deputados estaduais, mas não o fizeram, pelo contrário, ficaram sem representantes na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e fora da bancada federal em Brasília.
O que aconteceu para que isso se tornasse verdade? Pergunta difícil de responder, ou melhor, de muitas respostas que não se sabe, na realidade, se todas são corretas ou se existe alguma de melhor expressão. Um dos pontos, e este é óbvio, foi a divisão de votos, o excesso de candidatos da região e a quantidade de votos dispensados para candidatos de fora. Mas, seria só isso?
Alguns "cientistas políticos" afirmam categoricamente que as disputas internas impediram o PT de avançar e fazer os seu deputado estadual, prejudicando o próprio partido e a cidade. Não é novidade para ninguém que o PT esteja dividido e que a disputa de poder venha prejudicando a sigla em Mato Grosso do Sul. Aliás, o próprio senador Delcídio do Amaral foi vítima desse desalinho, que levou a eleição de governador para o segundo turno com um percentual estreitíssimo em relação ao segundo colocado, Reinaldo Azambuja, do PSDB.
Os dois municípios pantaneiros ficaram com dois suplentes de deputado estadual. O do PT, Ruiter Cunha de Oliveira, que fez pouco mais de 18 mil votos e o do PDT, Marcelo Iunes, que obteve mais de 13 mil votos. Para que eles assumam é necessário que um dos vencedores de suas coligações, desista, assuma outro cargo ou mesmo venha a falecer.
O resultado das eleições proporcionais na região pode refletir diretamente nas eleições para prefeito em 2016. Se não houver muito diálogo e união, as forças podem se transformar num múltiplo cabo de guerra com vários e fortes candidatos buscando tomar o executivo de Paulo Duarte. O próprio Ruiter não descartou essa possibilidade, dizendo anteriormente que, primeiro tinha a missão de disputar a vaga de deputado estadual. Marcelo Iunes também não descarta a chance de tentar chegar a um de seus objetivos políticos, que é ser prefeito da cidade.
Apesar de todas as possibilidades, o momento é de esfriar a cabeça e trabalhar para racionalizar a política na região. Somar forças é importante e, pensar em 2018 muito mais. É de grande relevância que as cidades se façam representar nos parlamentos estadual e federal, pois é de lá, que vêm as verbas para obras que ajudam a melhorar a qualidade de vida da população.
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